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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"O Círculo do Amor"



Ele quase não viu a senhora com o carro parado no acostamento.

Mas percebeu que ela precisava de ajuda.
Assim, parou seu carro e se aproximou.
O carro dela cheirava à tinta de tão novinho...
Mesmo com o sorriso que ele estampava na face, 
ela ficou preocupada.


Ninguém tinha parado para ajudar durante 
a última hora.
Ele iria "aprontar alguma"?
Parecia inseguro, pobre e faminto...
Ele pôde ver que ela estava 
com muito medo e disse:
- "Eu estou aqui para ajudar madame.
Por que não espera no carro 
onde está quentinho?
A propósito, meu nome é Bryan".
Era só um pneu furado o problema do carro, 

mas para uma senhora, era ruim o bastante.
Bryan abaixou-se, colocou o "macaco" 
e levantou o carro.
Logo trocou o pneu, mas ficou um tanto
quanto sujo e ainda feriu uma das mãos.
Enquanto ele apertava as porcas da roda,
ela abriu a janela e começou 
a conversar com ele.
Contou que era de Saint Louis,
que só estava de passagem por ali 
e que não sabia como agradecer
pela preciosa ajuda.
Bryan apenas sorriu, enquanto se levantava.
Ela perguntou quanto lhe devia.
Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela.
Já tinha imaginado todas as terríveis coisas
que poderiam ter acontecido se Bryan
não a tivesse ajudado.
Bryan não pensava em dinheiro
Aquilo não era um trabalho para ele.
Gostava de ajudar quando alguém
tinha necessidade e Deus 
por meio de seu filho Jesus
já lhe ajudara bastante, 
a Salvação pela graça.
Este era seu modo de viver
e nunca lhe ocorreu agir de outra forma.
Ele respondeu:
- "Se realmente quiser me reembolsar,
da próxima vez que encontrar alguém
que precise de ajuda, dê para aquela pessoa
a ajuda que precisar".
E acrescentou:
- "... E pense em mim.
Ele esperou até que ela saísse com o carro
e também se foi.
Tinha sido um dia frio, mas ele se sentia bem,
indo pra casa, desaparecendo no crepúsculo.
Algumas milhas abaixo, a senhora encontrou
um pequeno restaurante.
Ela entrou para comer alguma coisa.
Era um restaurante sujo.
A cena inteira era estranha para ela.
A garçonete veio até ela
e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse
esfregar e secar o cabelo molhado
e lhe dirigiu um doce sorriso,
um sorriso que seus pés,
doendo por um dia inteiro de trabalho,
não puderam apagar.
A senhora notou que a garçonete,
mesmo estando com quase oito meses
de gravidez, não deixou a tensão
e as dores mudarem sua atitude.
Ficou curiosa em saber como alguém
que tinha tão pouco,
podia tratar tão bem a um estranho.
Então se lembrou de Bryan.
Terminada a refeição, enquanto a garçonete
buscava troco para a nota de cem dólares,
a senhora se retirou.
Já tinha partido quando a garçonete voltou.
A garçonete queria saber onde aquela senhora
poderia ter ido.
Porém, notou algo escrito no guardanapo,
sob o qual mais quatro notas de $100 dólares
haviam sido deixadas.
Brotaram lágrimas nos seus olhos quando leu
o que a senhora escreveu:
"Você não me deve nada, eu já tenho o bastante e não sabia.
Alguém me ajudou uma vez e, da mesma forma,
estou lhe ajudando.
Se você realmente quiser me reembolsar,
não deixe este círculo de amor terminar com você".
Bem, havia mesas para limpar,
açucareiros para encher e pessoas para servir.
Naquela noite, quando voltou para casa
e deitou-se na cama,
a garçonete ficou pensando no dinheiro
e no que a senhora lhe escreveu.
Como pôde saber o quanto ela e o marido precisavam dele?
Com o bebê para nascer no próximo mês,
tudo estava mais difícil...
Ela virou-se para o preocupado marido
que dormia ao lado,
deu-lhe um beijo macio e sussurrou:
-"Tudo ficará bem... Eu te amo, Bryan".


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